sábado, novembro 25, 2006


:: ECS 9 - TEXTO FINAL
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GRUPO E: Lucele, Kelli e Sueli
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O ENSINO E A EDUCAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA
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No texto, o homem é comparado a uma máquina e, assim como tal, será substituído quando não demonstrar mais a mesma eficiência. Essa eficiência baseia-se somente na produtividade, já que educação e aperfeiçoamento são considerados insignificantes, além de que, quanto menor for a formação profissional exigido, menor será a valorização da mão-de-obra, resumindo-se quase que unicamente à aquisição de mercadorias para a manutenção da vida.
A educação baseia-se nos princípios burgueses, não oferecendo ao povo uma verdadeira educação. Dessa forma, resta ao povo apenas aprender a ler e escrever, substituindo as escolas pelas máquinas das fábricas, aumentado, assim, o trabalho infantil, o qual traz benefícios tanto para a burguesia, quanto para os pais das crianças. Sob esses aspectos, Marx e Engels fazem fortes críticas à burguesia inglesa e ao descaso com a classe trabalhadora, pois quem movimenta o processo de produção não é valorizado, tampouco tem acesso ao ensino superior.
A burguesia queria assegurar às massas o velho espírito conformista, através de uma lei do ensino. Havendo até uma legislação que obrigava certificado escolar para empregar crianças de 10 a 12 anos, no entanto, essa lei não era verdadeiramente cumprida. Marx salienta que, para o capitalismo, "só é produtivo o trabalhador que produz mais para o capitalista".
A modernização industrial facilitou os processos produtivos, mas acarretou no abandono do campo e das atividades agrícolas, agravando a situação nas cidades, sendo essas, invadidas por uma grande massa empobrecida e com mão-de-obra excedente.
No contexto, Engels critica as novas bases da "escola do futuro", idealizada pelo Sr. Dühring, que se considerava um visionário da reforma social. Contudo, essa escola do futuro é a mesma escola prussiana aperfeiçoada, assegurando uma educação formal, técnica sem aplicações para práticas futuras, nem primando pela formação de homens completos. Para Marx, a escola não deve ser influenciada pelo governo nem pela igreja.
Após a Guerra Civil da França, o autor cita a Comuna como a responsável pela tentativa de emancipar intelectualmente o povo, mostrando que a classe operária seria capaz de fazer da ciência uma força popular, multiplicando as forças produtivas do país.
Para tanto, Engels defende a sociedade comunista, como uma forma de extinção da diferença de classes e a oposição entre a cidade e o campo. Ele comenta que nessa ordem social comunista as crianças seriam educadas pela sociedade, a qual não contaria mais com a propriedade privada.
Por fim, o texto menciona questões relevantes no Congresso de AIT, onde foi debatido se o ensino deveria ser estatal ou privado, salientado o que haveria de prós e contras em ambos. Também é rememorada a idéia de o ensino promover uma forma politécnica.
Às vezes, em nossa prática diária, nos deparamos com uma sociedade com princípios ultrapassados e que se assemelham aos princípios da sociedade baseada no pensamento burguês, pois muitos pais mantêm seus filhos na escola apenas para o cumprimento de determinadas leis, além de que não valorizam a educação e pensam que "para trabalhar na fábrica não precisam de muito estudo" e que seus filhos "têm que trabalhar para ajudar em casa". Essa desvalorização do estudo reflete-se no processo de ensino-aprendizagem.
Muitas vezes nos questionamos sobre a falta de interesse e perspectiva de alguns alunos, mas quando vemos a forma como a educação é "tratada" em suas famílias, conseguimos compreender: eles não sentem motivação para estudar e mudar de vida, pois crescem sabendo que suas vidas será a continuação do ciclo vicioso da vida de seus pais e que cursar o ensino superior não está ao seu alcance .
Infelizmente, em muitas comunidades carentes a vida difícil e o pouco acesso às informações ainda estão fazendo com que muitas crianças troquem livros e cadernos por instrumentos de trabalho.
Vemos, assim, que as idéias de Marx e Engels ainda fazem parte de nosso cotidiano, pois o tempo passou, mas, em muitos aspectos, a sociedade ainda não superou o pensamento burguês.


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